Você sabe sobre um ritual que quase não é mais realizado: o Sati. Trata-se da imolação da viúva na fogueira que queima o corpo do marido morto. A idéia é que a vida da mulher perde o sentido na ausência do marido e, por isso, não há porque continuar. Isto está proibido na Índia desde 1829 e só é praticado em regiões isoladas e tradicionais ao extremo.
Olha só o que dizem As Leis de Manu, que regula direitos e deveres do Hindu, sobre a viúva:
“Uma viúva deve sofrer até a morte, preservada e casta; A mulher virtuosa, que permanece pura após a morte do marido, ganha o paraíso ; Uma mulher infiel ao seu marido vai renascer no útero de um chacal.”
(As Leis de Manu, capítulo 5, versículo 156-161, Dharamshastras)
Em Caminho das Índias, Dona Laksmi vive dizendo que queria ter se jogado na pira quando o marido morreu e só não cumpriu sua sina, seu papel de esposa fiel que se sacrifica, por culpa do Tio Karan, que a impediu no último instante. Mas – cá entre nós – acho que ela fugiu da raia. Digo, das labaredas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário